Confissão de mãe: eu amo meus dois filhos, mas o primeiro… eu amo diferente

Vou ser bem honesta com você, como se a gente estivesse tomando um café juntas na varanda: tem uma coisa que poucas mães admitem em voz alta, mas que muita gente sente lá no fundo. Sabe aquela ideia de que a gente deve amar todos os filhos da mesma forma? Pois é. E se eu te dissesse que não é bem assim?

Outro dia, navegando no Reddit, li o desabafo de uma mãe que me tocou de um jeito profundo. Ela dizia que, embora ame os dois filhos, o amor que sente pelo primeiro é mais… intenso. Mais visceral. Aquele amor de leoa, sabe? De sentir no corpo. E o mais bonito? Ela não está sozinha.

“Amo os dois, mas o primeiro me faz sentir diferente”

Essa mãe contou que o filho mais velho é autista, super carinhoso e muito ligado a ela — o famoso “filho da mamãe”. Já o mais novo, ainda bebê, é mais expansivo e se divide entre o colo da mãe, do pai e dos avós. E por mais que ela se sinta culpada, ela não consegue negar: o amor que sente pelo mais velho veio com uma intensidade diferente.

Ela explicou que, com o primeiro, sentiu aquele turbilhão de hormônios, aquele “rush” no peito, o instinto de proteger com unhas e dentes. Já com o segundo, embora o amor exista e seja verdadeiro, falta aquela mesma centelha física, aquela faísca emocional.

“Será que é porque conheço meu filho mais velho há mais tempo?”, ela questiona. “Ou porque tudo com ele foi novidade e isso cria uma conexão única?”

Amar diferente não é amar menos

A verdade é que esse sentimento é mais comum do que a gente imagina. Muitas mães já sentiram isso — algumas contam, outras preferem guardar.

Uma mãe chamada Crystal contou que ama os dois filhos igualmente, mas que o amor vem de formas diferentes. E, sim, tem fases em que a gente prefere mais um que o outro. Fase do “terrible two”, adolescência rebelde… você me entende, né?

Outra mãe, Alice, foi ainda mais fundo: ela tem três filhos e diz que, embora não tenha um favorito, sente-se mais conectada ao mais velho. Não porque ele é “melhor”, mas porque passaram por todas as primeiras vezes juntos. “Era só nós dois no comecinho, desbravando o mundo lado a lado.”

E aí eu me pergunto: será que não é isso que acontece com a maioria das mães? Com o primeiro filho, tudo é novo. O corpo muda pela primeira vez, o coração cresce, o medo bate, a alegria transborda. E isso marca a gente de um jeito único.

A ciência também explica

Sabia que até os hormônios confirmam essa diferença? Durante a primeira gravidez, a produção de ocitocina (o famoso “hormônio do amor”) é muito mais intensa. Nos filhos seguintes, o corpo já “sabe o caminho” e a resposta pode ser mais sutil.

Ou seja, não é frieza, não é falta de amor. É biologia, é experiência, é o tempo que já se passou com cada um.

O problema não é ter um favorito — é tratar diferente

O que realmente machuca uma criança não é perceber que o irmão é mais colado com a mãe. É sentir que é menos amado, menos visto, menos importante. A psicologia diz que ter uma afinidade maior com um filho é natural — o cuidado precisa estar na forma como isso se traduz no dia a dia. No carinho, no tempo dedicado, no espaço para cada um ser quem é.

Se a gente pudesse falar sobre isso sem medo de ser julgada, quantas mães deixariam de se sentir monstros por algo que é, no fundo, profundamente humano?

No fim das contas, amar os filhos é como amar qualquer pessoa: cada amor tem seu cheiro, sua forma, seu ritmo. E tudo bem amar diferente — o que importa é amar por inteiro.

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